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"Não tolere o que a Bíblia reprova, e nem reprove o que a Bíblia tolera." (Gilvan, 15/05/2005).

segunda-feira, 7 de julho de 2014

A Cura do Cego de Betsaida: Aprendendo a Enxergar com os "Olhos da Mente"



          O Senhor nosso Deus tem restaurado algumas verdades espirituais nesses dias e essa que quero compartilhar com os irmãos nos veio ao encontro quando buscávamos um relacionamento mais profundo com o Senhor Jesus Cristo. Deus tem algo novo para cada um de nós, para mim e para você.
          Estamos vivendo o tempo onde o Espirito Santo tem agido para restaurar verdades espirituais da Palavra de Deus nos levando a experiências mais profundas com Jesus Cristo.
        Nada se compara a grandeza de conhecer Jesus, nada é mais importante do que conhecer Deus e Amá-Lo. O que percebemos hoje em dia é uma falta de fé ativa, falta de uma fé que acredita no sobrenatural de Deus e no que está registrado em Sua Palavra.
         O entendimento correto do princípio espiritual que encontramos nesse episódio deve ser feito à luz de todo o contexto do capítulo 8 do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos. Para o nosso estudo bíblico nos deteremos na seguinte passagem bíblica:
“Então, chegaram a Betsaida; e lhe trouxeram um cego, rogando-lhe que o tocasse.
Jesus, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia e, aplicando-lhe saliva aos olhos e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: Vês alguma coisa?
Este, recobrando a vista, respondeu: Vejo os homens, porque como árvores os vejo, andando.
Então, novamente lhe pôs as mãos nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou restabelecido; e tudo distinguia de modo perfeito.
E mandou-o Jesus embora para casa, recomendando-lhe: Não entres na aldeia”. (Marcos 8:22-26)

          Muitas lições o Senhor Jesus já havia ensinado aos Seus discípulos no decorrer de Seu Ministério terreno e no capitulo 8 de Marcos as circunstâncias O motivaram a repetir o Milagre da Multiplicação dos Paes.
          Nas duas multiplicações de Pães registradas nos Evangelhos o Senhor tem profundas lições que não foram percebidas pelos discípulos e que também não são percebidas por nós. Por isso a necessidade de cura do Cego de Betsaida, que representa a nossa cura, a abertura dos nossos olhos para ver os milagres com outros olhos e a profundidade do amor do Senhor.
          Teríamos muito a falar sobre o Milagre da Multiplicação dos Pães, mas não vou fazê-lo nessa ocasião. Apenas quero situar a importância desses dois eventos e sintetizar o ensinamento de Cristo sobre o fermento dos fariseus e o fermento de Herodes, mencionado em Marcos 8:15 “Advertiu-os Jesus: Estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”, para então podermos entender que na igreja de hoje existem esses dois tipos de fermento e a uma multidão precisando do Pão da Vida para saciar a fome espiritual dos diversos cegos de Betsaida que embora enxerguem, mas nada veem.
          Na Primeira Multiplicação dos Pães o Senhor queria desenvolver nos discípulos o senso de compromisso e a correta compreensão de que eles eram responsáveis por alimentar a multidão; o mesmo Ele também hoje quer despertar em nós que temos o Pão Acessível a todos. Nessa primeira multiplicação alguém tinha cinco Pães e dois peixes. O que essa pessoa tinha era tão pouco que talvez não desse nem para saciar a fome de Pedrão (riso), mas foi o necessário para alimentar mais de cinco mil pessoas. Não mãos do Senhor o pouco que temos é mais que necessário; e ainda sobra. Como o Senhor não há desperdício; Ele mandou recolher as sobras e que sobras – 12 cestos cheios.
          Ainda nesse grande Milagre da Multiplicação dos Paes, o Senhor Jesus divide a multidão em grupos de cem e em grupos de cinquenta e os manda sentar na “erva verde” (Mc 6:39). Um lugar confortável provavelmente no verão do Oriente Médio. Com esse milagre o Senhor Jesus quer mostrar que Ele É o Alimento Necessário e Suficiente para o Seu Povo, Israel, aquele povo que O rejeitou.
          Como o Senhor Jesus é especifico e não deixou de demonstrar também o Seu amor para conosco e por isso Ele realizou a Segunda Multiplicação dos Pães. Ele novamente mostra atenção, cuidado e misericórdia, agora para conosco, os gentios, “aqueles que vieram de longe” (Mc 8:3).
          Nesse novo milagre, novamente os discípulos não perceberam que o Senhor É O Único capaz de todas as coisas e fazem uma pergunta que coloca em dúvida o Poder de Jesus Onde, neste lugar deserto, poderia alguém conseguir pão suficiente para alimentá-los? (Mc 8:4). Não importa onde, como estamos ou o que temos de material, mas se temos Jesus, então temos tudo. Talvez você só tenha alguns pãezinhos ou poucos peixinhos, mas se você tem Jesus – você então tem tudo. Nesse exato momento, O Senhor Jesus pode satisfazer plenamente a você ainda que você esteja passando pelo maior deserto.
          No relato da Segunda Multiplicação dos Pães com apenas Ste Paes e alguns peixes o Senhor alimentou aproximadamente a quatro mil pessoas e, dessa vez a multidão se assentou no chão, conforme lemos: E ordenou à multidão que se assentasse no chão (Mc 8:6). Agora já era inverno no Oriente Médio. Provavelmente o espaço entre a primeira e a segunda multiplicação seja de apenas 6 meses.
          As profunda lições ainda continuam no capitulo 8  de Marcos e agora o Senhor Jesus  adverte aos seus discípulos e também a nós  para evitarmos o fermento dos fariseus e o fermento de Herodes. A advertência de Jesus é a seguinte: Advertiu-os Jesus: "Estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes" (Mc 8:15). Esse fermento faz parte do evangelho centrado nos homens, na prosperidade, na religiosidade – onde a Cruz de Cristo está longe. Jesus nos orienta a evitar o fermento dos fariseus, a aparência de santidade, mas sem nenhum conteúdo espiritual. Mesmo fazendo as coisas para Deus podemos não ter aprovado de Deus.
         O fermente de Herodes, significa receber a gloria que é devida somente a Deus, é se achar tão importante e auto-suficiente a ponto de acreditar que tudo gira em torno de si mesmo. No caso especifico de Herodes, ele não atribuiu a glória que era devida a Deus e morreu comido de bichos, “Visto que Herodes não glorificou a Deus, imediatamente um anjo do Senhor o feriu; e ele morreu comido por vermes.  (At 12:23).
          Já estamos chegando ao nosso assunto proposto - A Cura do Cego de Betsaida.
         Como desejamos ver os sinais que os discípulos viram como eu queria ter apenas um minuto com Jesus, ali em carne e osso. Entretanto, os discípulos não entenderam nada, assim como nós hoje em dia. Está registrado em Marcos 8:18: “Vocês têm olhos, mas não vêem? Têm ouvidos, mas não ouvem? Não se lembram? Para nós há um enorme consolo e bem-aventurança porque: “bem-aventurados os que não viram e creram. (Jo 20:7).
          Jesus relembra aos discípulos os dois milagres que Ele havia feito envolvendo multiplicação de pães e peixes e também relembra a importância de ter recolhido as sobras (Mc 8:19-21). Que grandes verdades aprendemos nesses relatos anteriores à Cura do Cego de Betsaida.
         Chegamos ao cego, chegamos ao encontro dAquele capaz de restaurar nossa visão. Alguém conduziu aquele cego à Jesus. Querido irmão, quantos “cegos” você já conduziu até Jesus.                
          Jesus chegou a Betsaida (casa da pesca, em hebraico) para resgatar um cego dessa densa floresta, cheia de incrédulos. Lemos em Mc 8:22 “Eles foram para Betsaida, e algumas pessoas trouxeram um cego a Jesus, suplicando-lhe que tocasse nele”. Certamente esse cego sabia que apenas um toque de Jesus seria capaz de restaurar plenamente sua visão. Mas alguém se preocupou com aquele cego e o trouxe a Jesus.
          O cego estava no lugar errado, Betsaida era terra de incrédulos, um ambiente com atmosfera espiritual desfavorável à ação de Jesus. Um lugar cheio de incredulidade. Jesus também não realizou esse milagre instantaneamente (muito embora pudesse fazê-lo, ELE pode tudo!) mas estava ali justamente para levar luz à vida daquele pobre e miserável cego, que se parece com muitos de nós hoje em dia. Era chegado o momento do encontro com a Pessoa certa. Jesus irá ao nosso encontro, ainda que estejamos no meio de pessoas que não creiam em Seu Poder; basta apenas clamar pelo Toque do Mestre. Na longa estrada da vida, no caminhar de cada desesperado, de cada cego espiritual, a Luz do Senhor quer nos guiar, quando reconhecemos quem realmente somos
          Jesus percebe que o pedido do cego pelo Seu toque era sincero e com o episódio da cura desse cego quer nos ensinar lições valiosas e preciosas.
          Jesus sabia da incapacidade daquele cego em se deslocar; esse pobre coitado dependia completamente dos outros. Entretanto, isso logo iria mudar. “Jesus, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia (Mc 8:23)”. Essa aldeia representa o “sistema religioso”, as igrejas “falidas”, cheia de tudo, mas vazias da Presença do Espirito de Deus. Grandes massas de pessoas incrédulas, incapazes de avançar nas verdades espirituais que Deus tem para nós. Nessa “aldeia” a ênfase está na aparência das pessoas e não no conteúdo, no que elas possuem e não no que elas são. Esse sistema, essa “igreja” gera homens vazios, covardes, cheios de engano. O orgulho e os enganos das pessoas que compõem essa “aldeia”, esse sistema, deixava aquele cego cada vez mais inerte, que apenas se acostumou a olhar para baixo, sem nenhuma perspectiva de mudança.
          Até que encontrou Jesus... Quando encontramos Jesus, mudanças acontecem. Entretanto, muitos cegos de hoje não aceitam a condução do Senhor. Sempre que o Senhor nos conduz, Ele o faz da melhor maneira possível e essa dependência do Senhor, implica, necessariamente, em nos desligarmos de “algo terreno”, “passageiro”, da superficialidade do evangelho. Nesse situação, alguns para não abrirem mão daquilo que os satisfaz, mas que não está de acordo com a Palavra, respondemos como Ló: “...Assim não, Senhor meu!” (Gn 19:18)
         Jesus dá ao cego Sua Santa saliva e em seguida impõe as Mãos sobre ele e pergunta se ele vê alguma coisa. Lemos assim: “...aplicando-lhe saliva aos olhos e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: Vês alguma coisa?” (Mc 8:23). Esse primeiro estágio dessa cura especifica representa nosso primeiro encontro com Jesus; recebemos “Sua Saliva”, Sua Santa Palavra no momento de nossa conversão. Mas precisamos ir mais além; precisamos de um novo toque do Senhor.
          Necessitamos urgentemente de sinceridade, de coração contrito para respondermos a pergunta do Senhor “se vemos alguma coisa”? Jesus agora pessoalmente pergunta a você: “vês alguma coisa”? Abra seu coração para Ele e confesse que sua visão está meia embasada e que você está com “miopia espiritual”. Se você “rasgar seu coração” para Ele, ele vai agir e te conceder “visão de águia” no Seu Segundo toque, no Poder do Seu Amor.
         O segundo toque foi para curar a mente do cego, impregnada da derrota, de sentimento de inferioridade; foi a abertura dos olhos espirituais. Isso também ocorrerá conosco quando abrimos nosso coração a Ele e confessamos o Quão Grande Ele É e como precisamos dEle, nosso Único Auxilio.
         O cego, ao responder a pergunta de Jesus sobre o que ele via, deixa registrado o retrato de muitos hoje em dia nas igrejas: “Este, recobrando a vista, respondeu: Vejo os homens, porque como árvores os vejo, andando’ (Mc 8:34). Queridos, que verdade temos aqui... O que o cego viu foi a realidade da maioria das igrejas de hoje: muitos homens com raízes, assim como árvores presas a esse solo. Eles andam, tem uma vida normal, mas continuam presos aqui nessa dimensão, onde tudo é passageiro. Estão nas igrejas, mas não experimentam a verdade que o Senhor nos quer “voando como águias” e não presos a esta terra como árvores. “Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias ... (Is 40:31) ”.
         O Senhor Deus quer cortar nossas raízes, aliás o machado já está posto na raiz, mas precisamos permitir o corte e ir mais além com o Senhor. Deus sempre quer dar um basta naquilo que impede nossa correta visão dDele. Um dos “basta” de Deus foi afirmado por João Batista na afirmação que fiz acima: “E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo” (Mt 3.10). Esse verdade da Palavra de Deus expressa uma profunda mudança na nossa forma de pensar e de agir. Estou convencido que para o Senhor liberar a Vida em nosso corpo mortal e abatido pela lei do pecado, Ele não está querendo fazer pequenos ou grandes “reparos”. O Senhor não está disposto a nos “consertar” com essa ou aquela pregação. O que é apenas “consertado” ou apenas “reparado” poderá apresentar novamente defeito no futuro e acaba perdendo sua originalidade. Deus nos chama a irmos muito além do ritual da religião; a uma mudança radical no nosso pensamento e no nosso comportamento porque fomos eliminados do Jardim de Deus por sugestão de Satanás e desobediência de Adão e Eva. Paulo expressa essa verdade: “Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. (2 Cor 4:16)”
          Agora ocorre o segundo toque de Jesus, já não há mais saliva, apenas a imposição das mãos. “Então, novamente lhe pôs as mãos nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou restabelecido; e tudo distinguia de modo perfeito” (Mc 8:25). Nossas conquistas, depois da renovação de nosso entendimento, devem ser unicamente pela fé; fé essa que movimenta o sobrenatural de Deus. Permita que o Senhor coloque as Mãos sobre os seus olhos e abra sua mente. Quando isso acontecer, com certeza nossa visão será ampliada como foi a do cego e veremos melhor, aliás bem melhor. Não mais veremos as pessoas como coisas. Homens não são árvores. Veremos com mais nitidez algumas gotas nesse profundo Oceano do Espírito.
          Depois dessa cura, o Senhor orienta ao ex-cego a dar testemunho em sua casa, em sua família, e não mais voltar a aldeia. Ele não deveria retornar mais aquele sistema religioso opressor, cheio de fermento, de hipocrisia. “E mandou-o Jesus embora para casa, recomendando-lhe: Não entres na aldeia” (Mc 8:26).
          Meu querido leitor se você também quiser experimentar algo novo da parte de Deus, permita que Ele te leve para “fora da aldeia”, para fora de uma estrutura, de uma liturgia que engessa o Espirito de Santo. Nessa estrutura, assim como o cego, nós também  não temos nenhum valor. Um falso amor é vivenciado; as “lideranças”, ou “doutores da lei” se se esquecem que somos homens que precisamos de Deus. Jesus nos convida a ir a outro lugar, além de Betsaida, outro lugar além da incredulidade, para iniciarmos uma nova caminhada com Ele; a Luz de Jesus vai nos orientar nossa trajetória.
          Conforme afirmei anteriormente, não tenho nenhuma dúvida quanto ao fato de saber que o Senhor Jesus poderia ter feito essa cura em apenas um momento, em apenas um toque, mas Ele não o fez para nos ensinar o quanto precisamos avançar com Ele. Mesmo nós que já possuímos a Luz da Vida, precisamos reorientar nossos valores, nossas prioridades e ajustar nosso foco pela Lente de Deus na busca de discernimento espiritual.  
          Muitos dos crentes estão com a enfermidade na mente e só Senhor pode cura-lo completamente. Volto a repetir que homens não são arvores e pessoas não coisa coisas. Fazer “muito” para o Senhor não é garantia de que recebemos a aprovação dEle. Só com a mente curada, podemos enxergar perfeitamente. A cegueira espiritual só é curada quando olhamos firmemente para cima.
         
       Deus nos abençoe!


Unidos na mesma unção, na esperança da salvação.                                  
Gilvan Silva Santos, servo do Deus Altíssimo em espírito, alma e corpo (I Tes 5:23)
Itabuna-Bahia 07.07.2014 (5h05min)
[gilvansilva00@hotmail.com; (73) 9191-0910; 8825-1811; 9995-4551]
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quarta-feira, 25 de junho de 2014

“Mudança que Só a Cruz Pode Fazer”


                              
          Apenas frequentar a igreja nunca será o suficiente para que mudanças aconteçam em nossa vida; precisamos exercitar nossa total dependência do Senhor. Esse exercício se torna eficaz quando incorporamos a Palavra de Deus em nosso coração. O ensino da Palavra de Deus não tem sido prioridade hoje em dia no contexto das igrejas. Infelizmente, muitos cristãos não tiram nem um tempinho por dia para lerem e estudarem as Escrituras; não a consideram tão importante e negligenciam a afirmativa básica de Jesus em Mateus 22:29  “Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus”. O evangelho sem a Bíblia é Light, Fast Food – é artificial e sem nenhuma profundidade. Digo isso por experiência própria: as classes de Escolas Bíblicas Dominicais passaram a ficar cada vez menos frequentadas e vazias. Temos tempo para tudo, menos para a Causa do Senhor. Não estamos preocupados com as advertências do Senhor sobre a importância de conhecermos e praticarmos Sua Santa Palavra. Isso é tão sério que o Senhor adverte em Jeremias 23:29: “Não é a minha palavra fogo, diz o SENHOR, e martelo que esmiúça a penha?”  E Ele ainda nos exorta em Tiago 1:23: “Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural”.
           Não devemos apenas carregar a cruz quando somos obrigados, mas devemos carregá-la quando somos libertos pelo Senhor Jesus, reconhecendo que somente Ele nos ajuda a carregar a cruz.
          Em toda a Bíblia encontramos uma única passagem onde uma pessoa foi obrigada a carregar uma cruz. O texto esta registrado em Marcos 15:21, e é nosso texto para a presente reflexão: “E obrigaram a Simão Cireneu, que passava, vindo do campo, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar-lhe a cruz”.
            Simão Cirineu foi obrigado a assumir a cruz, mas depois desse evento ele nunca mais foi a mesma pessoa, conforme veremos adiante; ele se tornou uma grande benção para a Igreja Primitiva.
          No registro do evangelista Marcos está relatado que Simão Cireneu estava vindo do campo, isso era pela manhã, haja vista que o “terror da crucificação” começava na hora terceira (às 9 horas da manha). É bem provável que Simão Cireneu estivesse trabalhando à noite inteira, guardando algum tipo de rebanho à noite e encerrando seu plantão pela manhã. Imaginem, depois de uma noite de trabalho cansativo, era fora obrigado a ajudar um “Desconhecido”, e que Desconhecido, a carregar uma pesada cruz ao Monte Calvário de aproximadamente 900 metros acima do nível do mar.
          Certamente Simão era africano, pois Cirene era uma cidade ao norte da África. Assim, nossos irmãos africanos também foram e são úteis no Propósito do Pai. Esse também foi o primeiro encontro da África com Jesus.
          Quando estudamos o texto em sua riqueza, vemos que Simão Cireneu carregou a cruz sob ameaça; talvez se aproveitaram de sua posição social e racial.
          Simão Cireneu é o retrato de muitos crentes hoje em dia que enxergam o Evangelho como um peso, um fardo, uma “pesada cruz”. Alguns dizem que somos pessoas caretas que nos reunimos em um lugar chato, artificial, e ficamos ouvimos um tremendo “bla- blá bla”. Nada mais longe da verdade.
          O Senhor nos adverte para não termos e não causarmos uma aversão ao Evangelho, para  não vermos a igreja como um lugar desconfortável e que Cristo não é, nunca foi e nunca será um fardo para ser carregado.
          O fato de Simão Cireneu ter carregado a cruz o fez dele uma benção, o que pode facilmente ser percebido quando o vemos novamente em cena, agora o registro é em Atos 13:1 “E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, Cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo.” Ele agora não carrega a cruz de forma forçada, agora ele é um servo fiel de Jesus Cristo. Esse Simão Níger, mencionado no texto acima é o mesmo Simão Cireneu de Mc 15:21. Agora, Simão Cireneu é um líder na Igreja Primitiva. Simão agora assume a cruz como sua e é um dos responsáveis para impor as mãos sobre Paulo e o enviar ao campo missionário.
          Tomar a cruz é fundamental para aquele que quer servir a Jesus Cristo, é isso que confere sentido à nossa existência e nos faz instrumento útil nas mãos de Deus. A vertente da cruz, em seu sentido mais amplo nos une a Deus e também ao próximo, nos reconciliando em só Corpo (Ef 2:16), sem nenhum tipo de diferença, raça, ou posição social.
          Quando assumimos a Cruz de Cristo, trabalhamos em um só propósito que é glorificar ao Rei Jesus e fazer Seu Nome conhecido aqui na Terra. Reconhecemos que há tanta deficiência e imperfeições no Corpo, mas isso não é por causa do Corpo, a Cabeça é Perfeita, mas os membros pensam e agem diferentes. Entretanto, são essas diferenças que nos fazem iguais. E como era diferente Simão Cireneu, negro africano do apóstolo Paulo, por exemplo, judeu, ex-fariseu, doutro da lei, mas ambos úteis no Reino no limite de suas instrumentalidades.
          Pode e deve haver diferença no Corpo de Cristo, mas não pode haver divergência. Com a vida de Simão Cireneu aprendemos que o Senhor honra àqueles que assumem a cruz e segue ao Senhor Jesus, não importando sua cor, seu status, posição social.

Unidos na mesma unção, na esperança da salvação.                                  
Gilvan Silva Santos, servo do Deus Altíssimo em espírito, alma e corpo (I Tes5:23)
Itabuna-Bahia 26.06.2014 (14h05min)
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quinta-feira, 1 de maio de 2014

O Falar em Línguas hoje em dia (Resumo)



Hoje em dia, muitos se levantam contra o dom de línguas alegando que ele existiu exclusivamente no período da igreja primitiva, nada mais longe de verdade do que tal pensamento.

  • Falar em outras línguas (grego glossais lalo) é uma manifestação espiritual do Espirito Santo, na qual o cristão fala em outra língua que nunca aprendeu;

  • Estas línguas podem ser humanas, evidentemente faladas e conhecidas (At 2:4) ou desconhecidas na Terra (I Co 13:1; I Co 14:14-15);

  • ·No correto estudo da Palavra de Deus, dentro do devido contexto, o que percebemos é que os cristãos que foram batizados no Espírito Santo, logo em seguida passaram a falar em línguas estranhas (Atos 10: 44 à 47; 19:2-6)

  • Falar em outras línguas ocorre quando o Espirito Santo se une de tal forma ao espirito humano que ela externa palavras que ela mesma desconhece;  Perceba que o falar em línguas estranhas é um sinal que acompanha TODOS aqueles que crêem em Cristo: ““E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios e FALARÃO EM LÍNGUAS ESTRANHAS” (Mc.16:17). Esse não é um sinal temporário ou que acompanharia apenas os primeiros cristãos. Também é uma evidencia para nós hoje em dia.

  • ·Falar em outras línguas é um dos dons concedidos pelo Espírito Santo ao servo fiel e prudente (I Co 12:4 à 10);

  • Quando as línguas estranhas procedem do Espirito Santo, é um fenômeno espontâneo e resultado da total dependência dEle. Nunca foi e nem será algo aprendido ou ensinado;

  •  A concessão desse dom ocorre em dois momentos e tem dois objetivos concretos: a) O Espirito Santo concede que alguém fale em línguas estranhas e também concede que alguém ou a própria pessoa interprete o que disse em um culto público. Essa mensagem verbal tem por objetivo edificar a igreja e promover a santidade pessoal dos cristãos (I Co 14:5,6 13:17);  b) É uma arma de ataque contra as forças de Satanás, pois o cristão fala com o Senhor em um nível muito elevado, de espirito com e para Espirito, e sua vida espiritual é edificada (I Co 14:4).

  • ·O fato de falar línguas estranhas não coloca o cristão em superioridade aos demais que não falam. O próprio ser humano pode imitar línguas estranhas a exemplos dos demônios. Precisamos analisar cada experiência à Luz da Palavra de Deus e se tais experiências procedem ou não de Deus ( I Jo 4:1, Mt 7: 21 à 23)

  • ·O falar línguas estranhas genuíno não ocorre com quem não é dedicado ao senhorio de Jesus e nem aceita a autoridade da Bíblia, não sendo obediente à Sua Santa Palavra;

  • ·A tradição e a falta de conhecimento de muitos são gritantes nesse assunto e os extremistas tradicionais tentam provar a não existência do dom de línguas nos dias de hoje interpretando erradamente o texto de 1Coríntios 13:8-10: “O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.”·         É evidente que esse dom só cessaria “quando chegasse o PERFEITO...”. Jesus ainda não chegou e quando Ele chegar “Ele lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap.21:4). É óbvio que estamos muito próximo desse dia, mas por enquanto, as profecias, e o dom de línguas, ainda valem para nós hoje, mesmo que não aceitemos tal verdade.

  • Falar línguas estranhas é uma das verdades claras da Palavra de Deus, mas é um mistério para quem fala; está registrado: “”Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e EM ESPÍRITO FALA MISTÉRIOS.” (1Co.14:2)


Em outra ocasião falarei sobre o Batismo com Espírito Santo e o Dom de Profecia,

Abraços,
Gilvan