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"Não tolere o que a Bíblia reprova, e nem reprove o que a Bíblia tolera." (Gilvan, 15/05/2005).

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Alimento Bíblico Semanal 38: “Viver na Presença do Senhor” - 2ª Parte


          Essa semana pretendemos da continuidade ao nosso estudo baseado em Atos 16, para aprendermos como o apóstolo Paulo e Silas andaram na presença do Senhor. Atos 16 é um relato maravilhoso, cheio de riquezas e de detalhes que não podemos deixar passar despercebido. Conforme colocamos no estudo passado, muitas verdades são reveladas e grandes coisas acontecem para quem está disposto a orar e viver na total dependência de Deus.            
        O que aconteceu em Filipos marcou profundamente a vida de Paulo e Silas, e hoje impacta a minha vida de forma tremenda. Lemos em Atos 16:25: Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam”. Não sei se esses presos tinham bom comportamento, se eram calmos ou agitados, se dentro desse “presídio de segurança máxima” haviam facções, como nos dos dias de hoje. O que sei é que eles absorviam o louvor que os apóstolos entoavam. Que lição: na meia-noite, na hora mais difícil,. ao invés de murmurar e reclamar, eles oravam e louvavam a Deus.Como tem sido o  nosso comportamento diante das dificuldades?
          Paulo e Silas, diferentemente dos demais presos, mesmo estando na mesma situação, tinham a “alma livre, porque foram libertos pelo Espírito. Quantos estão livres de prisões, mas tem a alma presa a grilhões e a algemas satânicas? Os apóstolos estavam em acorrentados, mas não há prisões que possam deter àqueles que estão revestidos de poder. Continuando lendo, encontramos: “De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos” (At 16:25). Os apóstolos nem imaginavam o que estava por acontecer e tampouco estavam pedindo que o Senhor os libertasse, porque eles aprenderam a não orar de acordo com o óbvio. De repente.... Coisas acontecem para quem ora... De repente... Muralhas são destruídas e Satanás é confrontado com o Poder de Jesus.
          O comportamento do carcereiro também é esclarecedor. A Palavra nos diz que: “O carcereiro despertou do sono e, vendo abertas as portas do cárcere, puxando da espada, ia suicidar-se, supondo que os presos tivessem fugido” (At 16:27). O guarda estava dormindo! Ele tinha uma função, mas a deixou de lado – estava dormindo. Por qual razão? Pelo cansaço do dia? Ou por acreditar que Deus não poderia fazer mais nada para “libertar” os Seus.
          Quão triste é saber que nessa “meia-noite” do mundo muitos irmãos estão no “sono espiritual”, que a eternidade desapareceu do alcance de muitos; que o arrebatamento é um aviso que não foi dado. O próprio apóstolo Paulo nos exorta em Romanos 13:11 “E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos”. Quem está dormindo não discerne nada e também quando é despertado tem comportamento baseado apenas no emocional. Esse foi o caso do carcereiro. Ele nem analisou a situação e quis dá fim à sua vida, pensando que os presos haviam fugido.
          Não devemos agir apenas com a emoção, desprezando a racionalidade. Os três níveis da vontade de Deus: boa, agradável e perfeita, são destinados àqueles que não tomam a forma desse mundo, que apresentam a Deus o “culto racional” (Rm 12:1-2). Da prisão, Paulo e Silas nos ensinaram como deve ser o culto racional – muito além da forma externa, do ambiente, ou de liturgias. Paulo e Silas eram adoradores por excelências e, mesmo sendo vítimas das circunstancias, não se deixaram dominar por ela. 
          Não devemos desperdiçar nenhuma oportunidade. Cada segundo, quando vivido na Presença do Senhor, é tempo de “romper em fé”, de manifestar a Graça de Deus. Quero reafirmar que quem ora, tem uma percepção concreta do mundo espiritual que predomina no mundo natural. Quem não  tem uma vida de oração, ‘”anda por vista” e o mundo carnal predomina sobre o mundo natural, conforme II Coríntios 5:7 “visto que andamos por fé e não pelo que vemos”.            
          Mesmo depois de acoitados, estando no pior lugar possível; com os pés amarrados no troco; ainda assim os apóstolos manifestavam a Vida de Deus. Paulo e Silas representavam tão bem Àquele que tem todo Poder no Céu e na Terra que não estavam preocupados com as suas próprias vidas, mas com a do carcereiro que ao se suicidar, perderia a oportunidade de salvação. Movido pelo Espírito Santo, imediatamente Paulo gritou: “Mas Paulo bradou em alta voz: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos!” (At 16:28). Se Paulo demorasse alguns segundos, àquele pobre homem teria partido para a eternidade sem Jesus e sem salvação. Perto de você, quantas pessoas estão partindo para eternidade sem Jesus. Assuma uma nova atitude e postura frente à propagação do Evangelho de Cristo.
      Como Paulo sabia que o carcereiro tinha plano de cometer suicídio?  Não havia nenhum aviso prévio e o carcereiro havia tomado a decisão logo após ter visto as cadeias abertas. E como Paulo pôde afirmar que ninguém havia fugido? Será que Paulo conhecia todos os presos daquela cadeia e tinha visto a todos, de uma só vez, ainda dentro da prisão, mesmo com todas as celas abertas? Está mais que claro que o mundo espiritual no qual Paulo vivia predomina no mundo natural ao qual nós fazemos parte nesse corpo onde o Espírito Santo de Deus habita.
          Novamente, no carcereiro de Filipos, percebo o clamor daqueles que ainda não conhecem a Jesus. Ele pediu luz: “Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. (At 16:29). Se o carcereiro pediu luz é porque o lugar onde Paulo e Silas estavam era escuro, e isso impossibilita a visão física dos apóstolos. Mas não impediu a visão espiritual aguçada de Paulo. Para ter o encontro com Jesus o carcereiro precisou entrar, precisou dar um passo na direção dos servos de Deus. O fato do carcereiro ter ser prostado diante de Paulo e Silas, demonstra que ele reconhecia naqueles homens algo mais que limites humanos. Nada aponta que Paulo e Silas gostavam ou aceitavam esse reconhecimento, que talvez também tenha sido mais uma tentativa do “inferno” em supervalorizar o orgulho daqueles que estavam vivendo na direção do Pai.
          Paulo e Silas só saíram da prisão, do cárcere interior, depois do convite do carcereiro; eles estavam debaixo de autoridade e não deram nenhuma legalidade ao diabo, conforme confirma Atos 16:30 “Depois, trazendo-os para fora, disse: Senhores, que devo fazer para que seja salvo?
          Provavelmente aquele carcereiro e/ou sua família já tinham ouvido falar de Jesus e essa era o momento mais importante de sua vida e de toda a sua família. Fora da prisão ele faz a pergunta mais profunda e significativa que todo ser humano precisas fazer, cuja resposta muda todo o sentido de viver: “...Que fazer para ser salvo?”
          A resposta vinda da parte de Deus contém uma grande promessa onde estou fundamentado para a salvação de todos os meus familiares; “Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (At 16:31). Para o Senhor a família é uma unidade completa para a salvação. Percebam que imediatamente, o Senhor, através de seus servos nos ensina como poderemos crer: “E lhe pregaram a palavra de Deus e a todos os de sua casa. (At 16:32). Não foi informado ao carcereiro que ele deveria ser “filiar” a alguma religião ou cumprir alguns requisitos da lei para ser salvo. Mas Paulo e Silas fizeram um grande culto em família, nas altas horas da noite.
          Qual o estado físico de Paulo e Silas? Eles estavam tão empolgados como Poder do Evangelho que até esqueceram-se das marcas das correntes em seus próprios corpos. Depois de ouvir a Palavra de Deus, o carcereiro se deu conta do “sangue que escorria” do corpo dos apóstolos, que não estavam preocupados com isso em momento nenhum. Provalvemte Paulo e Silas sentiam dores em seu corpo físico, abatido, cansado, mas a prioridade para eles era o Reino de Deus; fazer conhecido o senhorio de Jesus. Acredito que todos os interesses pessoais dos apóstolos foram subjugados pela urgência da mensagem da salvação e eles entregaram seus corpos a serviço de Jesus, “naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus. (At 16:33).
          Esse culto familiar pode ter ocorrido em qualquer lugar, ou até mesmo na própria prisão, mas não quero me deter onde e nem como foi realizado esse culto e o posterior batismo. O passo imediato, após a pregação da Palavra e aceitação por parte dos ouvintes é o batismo. Foi o que ocorreu com o carcereiro e com os seus familiares. Não sei como e nem onde ocorreu o batismo de toda essa família. Não havia regulamentos para alguém ser batizado, bastava crer (Mc 16:16). As imposições dos dias de hoje, são convênios de homens, mas essa não deve ser a nossa prática, se formos fieis à Palavra de Deus.
          Toda a casa do carcereiro foi alcançada pela verdade de Deus e todos aceitaram ao Senhor Jesus. Não foi a salvação do carcereiro que garantiu a salvação de seus familiares, mas a convicção de cada um deles em Jesus e a disposição em passarem pelas “águas do batismo”. (Se imersão ou aspersão, não me importa).
          O objetivo final de Deus fora alcançado: a salvação de toda a família do carcereiro. At 16:34 relata “Então, levando-os para a sua própria casa, lhes pôs a mesa; e, com todos os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus.” Toda a família estava agora participado da comunhão dos apóstolos e da comunhão do Corpo de Cristo. Só haverá alegria verdadeira na família ser houver o temor de Deus.
          Que tremenda lição: o carcereiro não se preocupou com os seus lideres, com os seus interesses pessoais ou com a sua própria vida e nem com os outros presos, mas foi para a sua casa com os apóstolos, representantes exclusivos de Jesus. Convide Jesus para ser hospede em sua casa, permite que Ele Reine em Sua família.
          O que aconteceu com os outros presos? Eles fugiram? Será que eles também creram no Senhor como o carcereiro e os seus familiares? Não posso afirmar o que a Bíblia não afirma, por isso não tenho essas respostas. O foco do capitulo 16 de Atos foi plenamente abordado, mas não esgotado. Também não quero fazer suposições; nem ir além do que o Senhor liberou nessa porção da Palavra relevada para mim.
          O que aconteceu no dia seguinte? Não havia mais razões para manter a prisão dos apóstolos. Estava evidente que nada nem ninguém pode limitar o Poder Divino.  A Palavra nos informa que “Quando amanheceu, os pretores enviaram oficiais de justiça, com a seguinte ordem: Põe aqueles homens em liberdade.  Então, o carcereiro comunicou a Paulo estas palavras: Os pretores ordenaram que fôsseis postos em liberdade. Agora, pois, saí e ide em paz. (At 16:35-36).
          Na história da igreja primitiva, sempre a perseguição resultava em grandes bênçãos. Paulo sabia muito bem utilizar sua cidadania terrena em ocasiões especificas, como nesse caso em questão.  Paulo, porém, lhes replicou: Sem ter havido processo formal contra nós, nos açoitaram publicamente e nos recolheram ao cárcere, sendo nós cidadãos romanos; querem agora, às ocultas, lançar-nos fora? Não será assim; pelo contrário, venham eles e, pessoalmente, nos ponham em liberdade” (At 16:37). Paulo além de judeu tinha cidadania romana. A lei romana era muito rigorosa e eles não tinham sido julgados, nem condenados, mas arbitrariamente, acoitados e lançados na prisão, e como se nada tivesse acontecido queria mandá-los ir embora agora.
          Novamente, percebemos outro exemplo de Paulo e Silas. No versículo 40 de atos 16 lemos “Tendo-se retirado do cárcere, dirigiram-se para a casa de Lídia e, vendo os irmãos, os confortaram. Então, partiram.”. Eles confortam os irmãos; não contaram vantagens pelo que havia ocorrida, nem se achavam melhores que outros, ou “mais espirituais”. Eles simplesmente engrandeceram o nome de Jesus por terem passado por perseguição em prol do Reino.
 
   
  •  Afirmativa-Chave: Paulo e Silas estavam em acorrentados com os pés amarrados ao tronco, mas não há prisões que possam deter àqueles que estão revestidos de poder.
  • Pergunta Padrão: Como os seus interesses pessoais estão sendo subjugados pela urgência da mensagem da salvação? Você tem se entregado incondicionalmente ao serviço de Jesus? E como  está o nosso testemunho em nosso dia-a-dia, no nosso cotidiano?
Gilvan Silva Santos, servo do Deus Altíssimo em espírito, alma e corpo (I Tes 5:23)
Itabuna-Bahia 11.10.2012 (11h38min)
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