O
Padrão de Deus
Não temos
condições de alcançar o alto padrão de santidade exigido por Deus.
Nossos esforços, méritos ou tudo o
mais que fizermos nada adianta. Precisamos clamar
pela ajuda do Senhor porque nada se compara a grandeza de Jesus.
Jesus é o
Padrão de Deus.
O mundo nos enche de ofertas, coisas
boas e agradáveis, para nos impedir de prosseguir para o alvo. O mundo e seu sistema não quer que prossigamos para a
soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fil 3:13-14).
Em Seu ministério terreno, Jesus
deixou estabelecido o padrão esperado por Deus para o viver daqueles que se
dispuseram a segui-Lo.
Esse registro está bem detalhado no
conhecido Sermão do Monte (Mt 5 à 7).
Há um grande contraste entre o perfil
das pessoas que seguiam o Mestre (Mt 4:23 à 25) e
às pessoas a quem Ele direcionou o conhecido Sermão da Montanha.
Se por um
lado, havia atormentados, endemoniados, lunáticos e paralíticos, nada diferente
da humanidade de hoje, com suas mazelas física e espirituais, por outro lado,
foi a essas mesmas pessoas que o Senhor apresentou a carta Magna do Reino, a
Constituição do Sermão do Monte.
Existe algo reservado para aqueles
que alcançam o padrão estabelecido por Deus, mas nós não alcançaremos esse
recompensa com esse corpo temporal e não há nenhuma condição para
imaginarmos tal recompensa (I Cor 2:9).
Certamente, o prêmio dos vencedores
será indescritível e indestrutível.
Não importa o quanto as coisas desse
mundo parecem boas, o que Deus para nós é bem melhor e maior.
Jesus nos orientou a vencermos o mundo;
se alguém ama o mundo, o Amor de Deus nele não está.
O apóstolo Paulo deixou registrado a atentarmos para "as coisas que não se veem" (II Cor
4:9); assim não seremos atraídos por aquilo que vemos, porque "andamos por fé, e não por vistas" (II Cor 5:7).
Nossa visão é ampliada quando vivemos
na esfera do Reino e percebemos que tudo aqui é passageiro.
Utilizemos a
vitória que vence o mundo: a nossa fé (I Jo 5:4). Só podemos enxergar
aquilo que não é visível, por meio da fé (Hb 11:1). Assim é a Obra do Espírito.
A medida que desfrutamos da Palavra
de Deus, somos fortalecidos porque há a garantia de que
a fé vem pelo ouvir a Palavra (Rm 10:9) e assim nada nesse mundo poderá
nos prender.
Em Seu ministério terreno, Jesus
censurou os escribas e fariseus não por darem o dízimo, mas por acharem que o
dízimo substituía a base real da relação com Deus e da relação com o próximo.
No Evangelho de Lucas (Lc 11:19 à 26), percebemos que o sucesso do Reino de
Deus implica:
- destruição do Reino de Satanás;
- libertação dos cativos;
- Reconhecer que Jesus derrotou a Satanás e despojou o seu poder;
Assim contra os fariseus e escribas
de todos os tempos, Jesus faz sérias advertências, que precisamos considerar
hoje:
1. Viviam rituais externos, sem verdadeira
obediência;
2. Queriam o reconhecimento dos homens;
3. Eram como "sepulturas velhas”, pintadas
de cal;
4. Eram responsáveis pela imposição de cargas insuportáveis;
5. Eram especialistas nas Escrituras; conheciam
a teoria, mas não praticavam.
Conhecimento
sem entendimento e prática. Eram empecilho para os que queriam entender.
Há um sentido nobre em agradar a Deus: fazer o bem
sem olhar a quem. Ao rico insensato (Lc 12:13 à
20) Jesus não pergunta para que seriam
os bens, mas para quem (Ec 4:8)
Esse homem foi bem-sucedido em sua vida
secular e garantiu “seu futuro” em uma perspectiva humana. Jesus, no entanto, o
chama de louco.
De quem queremos receber aplausos?
No Padrão de Deus, Ele estabelecerá um novo governo
na Terra. Não será um governo humano como vemos hoje (prefiro não
comentar!)
No “mundo que há de vir” (Hb 2:3 à 7), Cristo
e Seus vencedores reinarão para todo o sempre (Ap
11:15-18). Um Reino muito além da compreensão humana...
Para alguns, tudo parece bom nesse mundo em
que vivemos atualmente, mas o mundo e seu sistema tem a intenção de cegar nossa
visão espiritual, de nos desviar do alvo.
Para evitar essa cegueira, O Senhor nos permitir perceber os dois aspectos
do Evangelho Pleno, que comentarei
detalhadamente em outras reflexões.
Para
nosso conhecimento, assim como uma moeda, o Evangelho tem duas faces:
- O Evangelho da Graça (At 20:24): a necessidade de salvação de todos os homens
- O Evangelho do Reino (Lc 8:1; Mt 9:35; At 8:12; 19:8; Mt 24:14); obediência total e irrestrita ao Senhor Jesus.
Não devemos confundir esses dois aspectos do Evangelho...