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Não tenho
dúvidas que as conversões eram frutos da ação soberana de Deus, do Agir do
Espírito Santo, de vidas que testemunhavam com Poder o discipulado ministrado
por Jesus.
De uma só vez quase três mil pessoas se convertem (At
2:41). Pouco tempo depois, quase cinco mil pessoas
(At 4:4). Essa é a
manifestação da Vida e do Poder de Deus atuando na Igreja. Na verdade, a
quantidade de pessoas foi muito mais, pois nessa conta estão incluídos apenas os
homens.
Na
“igreja” que temos edificado, com nossos métodos, vontades e imposições, com
três mil ou cinco mil pregações, se converte apenas uma pessoa.
O erro está nos métodos ou nas
estratégias? Não, o erro está em não
dependermos da ação do Espírito Santo como os apóstolos dependiam. O
Senhor tenha misericórdia de nós.
Homens simples, iletrados, totalmente
analfabetos, provocaram verdadeiro alvoroço no surgimento da igreja primitiva (At 4:7). Esses homens andaram com Jesus, pensavam e
falavam como Jesus (At 4:13). Agir com a Mente de Cristo era então uma realidade.
Os apóstolos
testificavam com ousadia que Jesus Cristo é o Senhor (At 2:36). Nesse
período, os cristãos viviam a vida da igreja com muita simplicidade, tão
diferente de nossos dias:
Conforme registro de Atos
2:42-46, os discípulos:
- Tinham tudo em comum;
- Faziam as refeições juntos;
- Partiam o pão de casa em casa;
- Não havia lugar para egoísmos ou individualismos.
A dedicação ao
estudo e ao ensino da Palavra, juntamente com a prática da oração, fizerem e
fazem grande diferente na vida dos discípulos. Assim, para vivermos o
Evangelho Pleno no Ministério do Espírito, precisamos aprender com a Igreja
Primitiva.
Como essa
igreja alcançou o mundo?
Era totalmente dependente do Espírito
Santo, a Virtude do Alto desceu sobre eles e também hoje está dentro de nós.
- Professores: os apóstolos que apreenderam com Jesus (At 1:21-22);
- Os alunos: a primeira turma, a turma inicial era composta por quase 120 alunos (At 1:15);
- Curriculum: a Doutrina de Jesus Cristo (Jo 15:26; 16:8 à 11)
- Havia comunhão verdadeira (At 2:43);
- Todos tinham um só objetivo: tornar o nome de Jesus conhecido (At 5:42)
- Cultos sem formalismos, ou padrões humanos. Cultos no templo e nas casas (At 2:46);
- Não havia necessitados (At 2:45; 4:34);
- O testemunho era diário. Não eram simples palavras. Mas um estilo de vida que atraia a todos através da ação Poderosa do Senhor (At 2:47)
Apesar dos membros da Igreja Primitiva
depositarem grandes somas de dinheiro aos pés dos apóstolos (At 2:45; 4:34), eles continuavam pobres (At 3:6)...
Que contraste com muitos “pastores”
de hoje... Ricos!.... Mas pobres de Deus
e do Seu Chamado... Não são todos... Ainda existem “pastores sérios” ... “homes
de Deus” ...
Não podemos e nem devemos tentar
limitar o Agir de Deus.... Ele é Soberano e Sua Graça não é uniforme. Assim
lemos: “Cada um administre aos outros o dom como o
recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” (1 Pedro 4:10)
Podemos ter diferenças hermenêuticas e
até teológicas, mas em um ponto temos que ser unidos e unanimes, se quisermos
alcançar o mundo (At 4:23-31): Jesus Cristo
é o Senhor e precisamos anunciar o Seu Evangelho, a tempo e fora de tempo (II Tm 4:2).
Não tenho dúvidas que a perseguição produz crescimento (At 8). Há um registro importante: os cristãos que foram dispersos iam por toda parte pregando a
Palavra (At 8:4). Eles tinham plena convicção de que a Palavra é capaz
de operar aquilo que nós não conseguimos.
O Evangelho é o Poder de Deus...