Data

Animação

Importante:

Importante:
"Não tolere o que a Bíblia reprova, e nem reprove o que a Bíblia tolera." (Gilvan, 15/05/2005).

sábado, 21 de abril de 2012

Alimento Bíblico Semanal 25: O Ministério do Apóstolo Paulo – Parte IV: A Graça é Superior a Lei – 1ª Parte


          Em Atos 15:11, categoricamente Pedro afirmou que judeus e gentios são salvos pela graça de Deus: “Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também”. Essa afirmativa do apóstolo fez com que toda a multidão presente ouvisse o relato de Paulo e Barnabé: “Então, toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os gentios (At 15:12). Paulo e Barnabé estavam confirmando as palavras de Pedro, mas os outros, nessa assembléia, não estavam confirmando o Evangelho da Graça que Cristo espalhou em detrimento ao pesado encargo da Lei. Vamos expressar em outras palavras o pensamento de Pedro, Paulo e Barnabé quanto à prática da Lei de Moisés: “Não devemos voltar para a Lei de Moises e também não podemos enviar pessoas às igrejas dos gentios para obrigá-los a circuncidar-se (ou a guardar o sábado)”. Se todos nessa assembléia pensassem assim isso teria rapidamente resolvido o problema, eliminado de uma vez por todas a perturbação causada pelos judaizantes que, nas igrejas dos gentios, obrigava-os a guardar a Lei de Moises e a circuncidar-se. Não vemos algo semelhante hoje, quanto à guarda do sábado para obter à salvação?
          Em Atos 15:13 à 21 encontramos o parecer de Tiago, onde ele também confirma as palavras de Pedro, expressando em At 15:19, o seguinte: “E Tiago continuou: - A minha opinião é esta: Eu acho que não devemos atrapalhar os não-judeus que estão se convertendo a Deus. Entretanto, ao nosso ver, ele deveria ter sido mais especifico advertindo os da seita dos fariseus que levantaram essa questão. Ele, como líder da igreja local, deveria ter dito: “Você estão proibidos de ensinar a guardar a Lei, pois Cristo já aboliu as suas ordenanças”. Se isso tivesse acontecido o problema estaria totalmente resolvido como veremos mais adiante.
          Tiago indica que a missão redentora de Cristo abrange tanto os judeus quanto aos gentios (At 15:16) e aponta algumas situações que ocorrerá no futuro próximo:
  • a)    O Tabernáculo de Davi que está caído (Am 9:5-15) refere-se a um remanescente de Israel que sobreviverá ao juízo divino e que viverão sob o governo do Messias;
  • b)    Haverá um dia em que a nação de Israel será restaurada à sua terra e abençoará todas as outras nações;
  • c)    Esse dia se refere ao Reino do Messias, quando o Senhor Jesus estará reinando sobre toda a terra, para demonstrar que o plano divino da salvação inclui a todos os salvos, inclusive os não-judeus, confirmando At 15:16 .
         Pedro já havia dado seu testemunho, dizendo como Deus o usou para abrir a porta da fé aos gentios, quando houve conversão na casa de Cornélio e o batismo no Espírito Santo. Paulo e Barnabé falaram de como o Senhor fez sinais e prodígio por meio deles entre os gentios e da salvação e conversão deles. A atitude correta de Tiago, líder da igreja em Jerusalém não deveria ter sido uma repreensão parcial, mas ele precisaria dizer que o necessário era apenas abrir a porta da fé para os gentios e não obrigá-los a guardar a Lei de Moises e a circuncisão. Se assim tivesse feito, o problema que levou Paulo e Barnabé a Jerusalém teria sido resolvido totalmente e Paulo não precisaria ter defendido sua autoridade apostólica como fez em Gálatas 1.
          Tiago parecia querer conciliar os dois grupos da igreja em Jerusalém. Não poderá há haver dois grupos na igreja. Apenas é necessário haver o grupo do Senhor. Por causa dessa facção na igreja foi que Paulo combateu o “outro evangelho” que estavam ensinando nas Igrejas da Galácia, exigindo a prática das ordenanças da Lei de Moises.
          Continuamos lendo em At 15:20-21 o que o líder da Igreja de Jerusalém continuou a dizer: “Penso que devemos escrever a eles uma carta, dizendo que não comam a carne de animais que foram oferecidos em sacrifício aos ídolos, que não pratiquem imoralidade sexual, que não comam a carne de nenhum animal que tenha sido estrangulado e que não comam sangue. Pois, desde os tempos antigos, a Lei de Moisés tem sido lida todos os sábados nas sinagogas, e as suas palavras são anunciadas em todas as cidades. O que quero enfatizar é que na sugestão de Tiago ele aborda quatro pontos, destes, três são característicos da Lei, o que nos mostra claramente que ele ainda vivia sob forte influência da Lei de Moises, devido ao seu forte passado no judaísmo:
  • 1.    Não comam da carne de animais que foram oferecidos em sacrifícios aos ídolos (Lei);
  • 2.    Não pratiquem imoralidade sexual;
  • 3.    Não comam carne de nenhum animal que foi estrangulado (Lei);
  • 4.    Não comam sangue (Lei);
          Quando cremos no Senhor Jesus todas as coisas já estão resolvidas. Por que, além de crer no Senhor, ainda devemos ter que cumprir todas as ordenanças da Lei? Isso inclui a guarda do sábado, ponto de muitas divergências entre os irmãos de hoje, parecendo com irmãos de Jerusalém. Quando nos convertemos somos levados a viver no Espírito e não nas ordenanças da Lei. Porque retroceder em querer viver sob a imposição da lei?
          Em Atos 15:22, vemos que Judas e Silas, homens notáveis entre os irmãos, foram escolhidos para acompanhar Paulo e Barnabé a levar a decisão tomada na Assembléia em Jerusalém. Porque será que Paulo e Silas precisaram de “fiscais”. Apenas para endossar o conteúdo decidido em reunião ou será que a Igreja em Jerusalém tinha outros objetos não declarados? Veremos isso em outro estudo.
          O próprio apóstolo Paulo, mais tarde, entregou essa carta com a decisão da Assembléia de Jerusalém às igrejas da Galácia no início de sua segunda viagem missionária (At 16:4).        
  •    Afirmativa-Chave:O necessário era apenas abrir a porta da fé para os gentios e não obrigá-los a guardar a Lei de Moises e a circuncisão.
  • Pergunta Padrão: Por que, além de crer no Senhor, ainda devemos ter que cumprir todas as ordenanças da Lei? Isso inclui a guarda do sábado!...

Unidos na mesma unção, na esperança da salvação.
Gilvan Silva Santos, servo do Deus Altíssimo em espírito, alma e corpo (I Tes 5:23)
Itabuna-Bahia 21.04.2012 (20h06min)
[gilvansilva00@hotmail.com; (73) 9191-0910; 8848-3714; 9995-4551]
Siga-me no Twitter: http://twitter.com/Gilvan1973_BA

2 comentários:

  1. Querido Gilvan, graça e paz

    Ainda ontem nos conhecemos no culto de ação de graças na casa do irmão Cícero, pai de Luzia...ocasião onde conversamos e nos divertimos além de termos louvado aos Céus pelas bençãos em Cristo Jesus.

    Como em nossa conversa já havia identificado sua perspectiva dispensacionalista, quanto a isso não foi difícil de observá-la em seu post quando se referiu à profecia de Amós. Mas em nada me refiro a essa forma de interpretação em relação ao conteúdo do seu post, inclusive o antinomismo: fruto da não compreensão das reivindicações de Jesus em ser o verdadeiro intérprete da Lei. Isso devemos combater!

    Como cheguei a mencionar ontem, em nosso bate-papo bem humorado, vejo somente prejuízos na afirmativa "estamos no tempo da graça e não da lei", pois, tristemente, tal forma de pensar carrega em si o erro do antinomismo. Até aqui li somente esse artigo e não posso concluir que vc seja antinomista, não me entenda mal. Certo é que precisamos nos referir a qual aspecto da Lei Mosaica é central na discussão que culminou no Concílio de Jerusalém I. Assim é que:
    (1) quando Paulo refere-se ao "jugo" tem em vista o legalismo, as tradições da oralidade judaica que construiu uma cerca em volta da Toráh escrita.
    (2) em voga está a questão se os gentios deveriam ser CIRCUNCIDADOS, um aspecto contido na Lei CERIMONIAL dos judeus, que teve seu cumprimento em Cristo.
    (3) com vistas no RELACIONAMENTO entre crentes judeus e gentios, os líderes da igreja se reúnem e propõem soluções para a questão.

    Para os fariseus que abraçaram a fé em Jesus como o Messias previsto, se os gentios não fossem circuncidados eles não seriam salvos e nem poderiam pertencer a igreja (adaptado do Comentário Moody). Estavam errados na interpretação legalista da circuncisão daí os comentários unânimes tanto de Pedro, quanto de Paulo e Tiago, por fim. Os fariseus, principalmente, eram muito escrupulosos em sua consciência e é, então, que Tiago, no Conselho reunido, propõe a adoção de um novo modus vivendi aos gentios para que não ofendam a consciência dos judeus (Rm 14:1ss e 1 Co 8:1ss). A questão em debate envolvia esses dois grupos da igreja no nascedouro do movimento cristão.

    Concordo com sua crítica aos judaizantes de nossos dias que insistem em nos obrigar a ser judeus étnicos e não espirituais (Gl 3:7). Mas temo pelo antinomismo que separa aquilo que Deus uniu: Lei e Graça.

    Fraternalmente, nos laços do Eterno

    Ev. Bruno Souzza

    ResponderExcluir
  2. Prezado irmão Bruno, Paz do Senhor
    A nossa vida cristã deve ser a prática da Teologia Bíblica. O que combato, enquanto servo de Jesus Cristo, são os exageros teológicos que norteiam o dia-a-dia daqueles que foram comprados pelo Precioso Sangue de Jesus. Minha humilde intenção nos estudos que você leu é conciliar o equilíbrio doutrinário embasado na santidade e na liberdade cristã. Em nenhuma de minhas afirmativas ou estudos desconsiderei o papel de Jesus em ser o verdadeiro interprete da Lei. Somente Ele seria capaz de harmonizar Lei e Graça, da forma que Ele viveu e ensinou.
    Questionando sua afirmativa “Até aqui li somente esse artigo e não posso concluir que vc seja antinomista, não me entenda mal”, você poderá perceber naquilo que escrevo ou tendo contato comigo que não sou favorável ao “antinomismo”, isso é ser completamente herege. Entretanto, ao “mundo” ou pessoas não devo respostas, apenas amor infinito. Não me oponho à Lei de Deus e não sou contrario a nenhuma norma bíblica. Nem tampouco oriento o meu viver cristão por aquilo que acho ser correto, como fazem os seguidores desse “movimento herético”. Longe de mim, querer saber “mais do que me convém saber”. O que o Senhor Jesus tem liberado à minha vida através da residência permanente de Seu Santo Espírito em meu espírito não está baseado na teologia liberal ou na filosofia de pessoas incrédulas. Apesar da lei de Deus ser boa (Romanos 7), ela apenas tem a função de revelar que existe pecado, mostrando um padrão de imagem a ser seguido, ela não remove o pecado, mesmo apontando necessidade de integridade. Em outras palavras, através da lei percebemos o que é uma vida de santidade, mas essa lei, em si, não tem poder santificador. Só o Sangue de Jesus transforma o coração do homem. A obra de Jesus foi completa e não precisa de nenhum ajuste. O Evangelho da Graça nos dirige. Concluindo: não podemos agradar a Deus se vivermos dando ocasião à carne sob pretexto de liberdade cristã: “Como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus” (1Pe 2.16). “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne” (Gl 5.13).
    PS> Continue lendo os demais estudos e postando seus comentários.

    Forte abraço,
    Em Cristo,
    Gilvan

    ResponderExcluir