Quando paro e medito no capítulo 16 de Atos, fico maravilhado com a riquezas desse
relato e quero compartilhar como Paulo e Silas andaram na Presença do Senhor e
qual o resultado desse caminhar.
No momento da nossa conversão, cremos
no Senhor, e o Seu Santo Espírito regenerou o nosso espírito. No processo
diário de santificação, o Espírito Santo quer trabalhar em nossa mente, vontade
e emoção para que também Ele domine nossa alma e nosso corpo, que um dia será
transfigurado.
Quando vivemos na Presença do Senhor, incomodamos o reino
das trevas. Devemos aprender a ouvir a voz do Espírito diária e
constantemente. A exemplo do apóstolo Paulo e do servo Silas que estavam
aprendendo a negar a si mesmo e seguir na direção do Espírito. Eles queriam ira
para uma localidade especifica, mas o Espírito de Jesus não permitiu: “E, percorrendo a
região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a
palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de
Jesus não o permitiu” (At 16:6-7).
Na Macedônia, os apóstolos se dirigiram
a cidade de Filipos, distrito e colônia do Império Romano (At 16:11-12) e foram conduzidos pelo Espírito para junto de um rio (no mundo
espiritual, o próprio Espírito é esse rio), onde havia um lugar de oração, “No sábado, saímos
da cidade para junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração; e,
assentando-nos, falamos às mulheres que para ali tinham concorrido (At 16:13).
Onde tem sido
o seu lugar de oração?
Esse deve ser
sempre o nosso inicio: ter um lugar e um horário especifico para orar.
Quando começamos da forma correta, com a oração, as pessoas se reúnem e querem
estar onde nós estamos; o próprio Espírito Santo, presente na nossa vida, as
atraem. Foi o que aconteceu com a micro-empresária, Lídia, da cidade de
Tiatira. Mulher temente a Deus, cujo coração o Senhor abriu para entender a
ministração do apóstolo Paulo: “Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora
de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para
atender às coisas que Paulo dizia” (At 16:14).
Quando vivemos na presença do Senhor,
fazemos a Obra do Senhor.
Lidia creu no Senhor e foi batizada, com toda a sua casa. “Depois de ser batizada, ela e toda a sua casa,
nos rogou, dizendo: Se julgais que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa
e aí ficai. E nos constrangeu a isso” (At 16:15). Não posso afirmar que ali havia crianças que foram
batizadas, como alguns tentando justificar o batismo de crianças, afirmam,
a isso a Palavra não dá respaldo, em nenhum contexto. Certamente, o que posso
afirmar é que Lídia reconheceu nos servos de Cristo a presença dEle e os
“constrangiu” a ficarem hospedados em sua casa. Essa foi a primeira família
agregada a Família de Deus na Europa, por meio da subordinação dos apóstolos ao
Espírito Santo.
A oração é uma
verdadeira “bomba” no quartel general do inferno. Os recursos ilimitados de Deus estão disponíveis a nós,
através da oração. A oração aguça e nossa percepção espiritual e nos equipe
para o confronto com as hostes da maldade. Em outra ocasião, falaremos sobre a armadura de Deus,
mas apenas para endossar o que estou liberando agora, na armadura de Deus, em
meio a tantos instrumentos de defesa, temos apenas duas armas de ataque: a espada do Espírito
(Palavra de Deus) e a oração. Em Efésios 6:17-18 está registrado: “Tomai também o
capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo
tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por
todos os santos. A oração deve ser a nossa principal ocupação. Só
podemos conhecer a Deus através da intimidade com o Espírito Santo e vivência
de Sua Santa Palavra com e em oração.
Lemos em Atos 16:17 à 18: “Aconteceu que, indo
nós para o lugar de oração, nos saiu ao encontro uma jovem possessa de espírito
adivinhador, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Seguindo
a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens são servos do Deus Altíssimo e
vos anunciam o caminho da salvação. Isto se repetia por muitos dias. Então,
Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo,
eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu”. Os
demônios têm um trabalho muito bem estruturado incitando pessoas a ganharem
muito dinheiro, entronizando,o deus das riquezas, Mamom.
Os demônios têm os seus meios para
fazer as pessoas ganhar e dinheiro e prosperar. Prosperidade verdadeira e viver na
Presença de Deus. As pessoas que não temem a Deus querem
enriquecer, mesmo que para isso seja necessário adorar demônios. É bom termos
dinheiro, lícito, vindo do “suor do nosso trabalho”, mas não devemos amar o
dinheiro nem viver em função dele (cuidado com o dinheiro de plástico – o cartão de
crédito). As nossas riquezas, dinheiro e bens, precisam estar ao
nosso serviço e nós a serviço do Rei Jesus. Somos orientados em I Timóteo 6:9: “Ora,
os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas
concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e
perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa
cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.
Se Paulo não tivesse intimidade com Deus através da
oração ele ficaria se achando o tal, e se deixaria seduzir pelos elogios do
demônio: “Seguindo
a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens são servos do Deus Altíssimo e
vos anunciam o caminho da salvação. Paulo e os demais irmãos tinham
o costume de orar e isso os habilitava não ignorar “ações de satanás”. 2 Coríntios 2:11
nos diz: “para
que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios. . Por diversos dias o demônio “elogiou” a
conduta e o ministério desses irmãos. Não que Satanás esteja satisfeito
conosco, se formos homens de oração, mas ele tentou “elogiar” para não ser
confrontado com o Poder de Jesus, que habitava nos apóstolos. Quantos demônios
têm massageado o “ego” de alguns irmãos, e até de líderes! A falta de oração e
de buscas mais intensa os impedem de enxergar quem está por detrás disso das
pessoas. De quem queremos
receber elogios?
Paulo não vacilou e nem perdeu a
oportunidade para desmascarar o inferno e na Unção do Alto, ordenou que o
demônio libertasse àquela jovem.
Imediatamente o reino espiritual das trevas acatou a autoridade de Jesus na
vida do apóstolo. Essa autoridade não vem de seu conhecimento, de sua
posição ou status social, de seu tempo de crente. Isso é para quem tem momentos
de oração e intimidade com Deus.
Percebam que não teve nenhum confronto físico nem diálogo com o diabo; Paulo
também não usou nenhuma “rosa ungida”, ou nenhum dos amuletos usados por muitas
igrejas hoje em dia. A libertação das cadeias satânicas é uma
questão de autoridade e do senhorio de Cristo. Esse Nome tem Poder. Aliás,
somente Ele tem Poder. Aleluia.
Qual o resultado direto dessa ação do
Espírito Santo na vida de Paulo e dos demais irmãos? O registro está em Atos 16:19 à 21:
“Vendo os seus senhores que se lhes desfizera a esperança do lucro, agarrando
em Paulo e Silas, os arrastaram para a praça, à presença das autoridades; e,
levando-os aos pretores, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbam a
nossa cidade, propagando costumes que
não podemos receber, nem praticar, porque somos romanos. Levantou-se a
multidão, unida contra eles, e os pretores, rasgando-lhes as vestes, mandaram
açoitá-los com varas. E, depois de lhes
darem muitos açoites, os lançaram no cárcere, ordenando ao carcereiro que os
guardasse com toda a segurança”. O Evangelho do Reino abalou e abala o reino das trevas.
Diante da Luz de Jesus, as trevas têm que recuar.
Quando começamos a orar, a realidade do Reino de Deus
começa a ser constante em nossa vida e mesmo que estejamos presos na dimensão
física, estaremos livres na esfera espiritual. Foi isso que
aconteceu com Paulo e Silas, que tiveram experiências profundas e marcantes
quando buscaram em primeiro lugar o Reino de Deus.
Jesus veio para
libertar os cativos. “...Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as
obras do diabo (I Jo 3:8)” e Satanás estava furioso por ter perdido
uma de suas cativas, através do vasos de honra, Paulo e Silas, que juntamente por
essa ação, foram presos.
Interessante é que para justificar a
prisão deles foi usada de forma errada “a lei” a “moral” e os “costumes”. Estamos vendo
também em nossos dias mudanças na lei, na moral e nos costumes. Aquilo que
antes era anormal, hoje passa a ser considerado normal e o que antes era padrão
hoje passa a ser banalizado. Mas como já disse em outros momentos,
repito novamente aqui: “Não posso
tolerar o que a Bíblia rejeita e nem rejeitar o que a Bíblia tolera.
Se nossas atitudes em defesa do Reino e dos interesses de
Jesus custassem a nossa prisão, muitos já teriam se desviado abertamente,
mesmo não desconhecendo que existem muitos “desviados” dentro das igrejas hoje.
Vivemos na “zona de conforto” e não estamos acostumados a
sofrer em defesa do Evangelho. Muitos no lugar de Paulo e Silas,
certamente murmurariam, reclamariam e até “exigiriam” de Deus a liberdade
imediata. Que contraste com a atitude dos apóstolos. Eu fico imaginando o que
será que passou pela mente de Silas quando foi preso pela ação de Paulo. Será
que ele pensou: “puxa,
Paulo que roubada eu entrei por causa de você, estamos aqui agora nessa
fedentina, no escuro estamos, o pau quebrou em nossas costas; estamos com os
pés amarrado e não temos força para nada.”
Que situação! Eles não tinham nada a não ser razões para
ficarem com medo e com muita raiva. Mas, para quem tem costume de orar, na hora
da crise, exatamente perto da meio-noite, na hora da escuridão mais intensa,
quando tudo parecia está perdido, Paulo e Silas fizeram o que eu e você
dificilmente faríamos: “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam
louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. (At 16:25)”
Que lição, até mesmo na pior hora para
Paulo e Silas eles ainda tiveram forças para engrandecer a Deus em meio a tão
grande dificuldade.
No próximo Alimento Bíblico, falarei
sobre o resultado direto desse “louvor” de dentro da prisão com os pés amarrado
no troco e como Deus pôde salvar completamente a família do carcereiro. Aguardem.
- Afirmativa-Chave:Quando começamos a orar, a realidade do Reino de Deus começa a ser constante em nossa vida e mesmo que estejamos presos na dimensão física, estaremos livres na esfera espiritual.
- Pergunta Padrão: Quantos demônios têm massageado o “ego” de alguns irmãos, e até de líderes! A falta de oração e de buscas mais intensa os impedem de enxergar quem está por detrás disso das pessoas. De quem queremos receber elogios?
Gilvan
Silva Santos, servo do Deus Altíssimo em espírito, alma e corpo (I Tes 5:23)
Itabuna-Bahia
12.09.2012 (10h54min)
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